A Ópera do malandro, de Chico Buarque de Holanda, estreou em julho de 1978, no Rio de Janeiro. Era época da ditadura militar e o Brasil ainda atravessava um período de repressão, menos intensa que nos "anos de chumbo", é bem verdade. Apenas para nos situarmos no tempo, foi no mesmo ano que nasceu o primeiro bebê de proveta na Inglaterra (Louise Brown), faleceram Orlando Silva, Ziembinski e o Papa Paulo VI, substituído por João Paulo I, que morreu em seguida, dando lugar a João Paulo II. Mas a Ópera continua absolutamente atual, se lembrarmos a crise de um País entregue à falcatrua, ao comércio de bundas, ao capital estrangeiro, à corrupção – questões prementes desde o final dos anos 70, quando a peça foi escrita.
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