quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Release

Ópera de um Malandro Brasileiro:

O II Sarau LiterCaldas apresenta a releitura do clássico de Chico Buarque de Holanda. Batizado de “Ópera de um Malandro Brasileiro”, as personagens de Chico cruzam na Lapa e articulam, além da ação dramática atemporal do texto de origem, a apresentação de canções que apontaram o compositor como um dos maiores representantes da Música Popular Brasileira.
Max e Teresinha ganham uma nova dimensão: a história de amor dos dois põe em discussão não apenas a questão social, mas a formação do povo brasileiro: é ele que conta, que lê e que sente.
Geni está lá; uma das personagens fundamentais da crítica de Chico, ela ganha uma nova leitura, antenada com os dias atuais.
Seguindo a proposta do Projeto que estreou ano passado com “Morte e Vida de um Planeta Severino”, os alunos do segmento Ensino Fundamental II contracenam nas mais diferentes faixas etárias: é comum num diálogo um jovem do 9º ano dividir a fração dramática com um aluno do 6º.
Este ano, excepcionalmente pelo recesso provocado pela prevenção da Gripe H1N1, o Sarau será apresentado no dia 1º de dezembro, às 10h, no Auditório do Colégio Professor Fernando Moreira Caldas.

sábado, 19 de setembro de 2009

Chico: sujeito e objeto

O Chico-compositor ou o Chico-arquienunciador da Ópera, sujeito e objeto de todo um discurso no qual se inscreve, é o grande ícone de resistência nos anos que sucederam o Golpe Militar de 64. Perseguido pela censura, escamoteia-se de malandro, cantando outro carnaval, o do Rio de Janeiro; primordialmente, para poder estabelecer um discurso de transgressão. Esse discurso carrega em seu cunho o cerne da crítica, inclusive ao seu interlocutor, que repete a canção, incessantemente, como sujeito ideológico, e entende apenas o sentido transparente do texto cantado.

O malandro socialmente marcado ...

Sob essa ótica o arquienunciador, na realidade, faz a sua ópera em homenagem ao povo brasileiro, sofrido, doente, sem dinheiro, não obstante, alegre; chora, mas ri, canta e até mesmo dança / samba.

O diálogo entre arte e a vida sempre se estabelece num vaivém dialético infindável, pelo menos no que se refere a imitação. Uma copia e dita normas, aponta caminhos para a outra. O homem é pintado como sujeito do amor, verdade que discursivamente se encontra até mesmo nos contos de fada.

É contra esse tipo de opressão que fica mais forte, ainda, a homenagem que o compositor faz à malandragem. Essa homenagem assume, dessa maneira, um libelo não só contra o trabalho institucionalizado para aqueles que tiveram a sorte de estarem preparados para ele, mas, acima de tudo, uma apologia a favor daqueles que têm de usar de todos os expedientes para driblar as correntes contrárias para poderem sobreviver num país que não olha para a população menos favorecida (que por sinal forma a grande maioria de sua gente), e finalmente a favor dos compositores que assumem a voz desse tipo brasileiro, como também de si mesmos que têm de driblar os censores para fazerem valer, discursivamente, os seus ‘gritos’ contra o sistema.

A voz do malandro ...

Se eu precisar algum dia
De ir pro batente,
Não sei o que será
Pois vivo na malandragem,
E VIDA MELHOR NÃO HÁ.


É lugar comum, como se pode notar nesses versos, o eu-poético assumir a voz do malandro, além de exaltar a vida da malandragem em oposição ao trabalho (batente), forma de oposição ao discurso dominante. Em conexão a essa exaltação, cf. Tinhorão (1990/1998), chega-se rapidamente ao início dos anos 40 em que ocorria franco e aberto combate à imagem de um brasileiro inclinado à malandragem. ‘A Ópera do Malandro’, de Chico Buarque, institui-se por um narrador inscrito num dado momento histórico e num espaço que compartilha com seus narratários. É indispensável, pois, de acordo com o teórico, levar em conta a situação de enunciação, a ‘cenografia’ que a obra pressupõe, validada pelos narratários. É só assim que se pode conceber um tempo, um espaço e personagens / pessoas, dentro e fora da obra.

O que é a malandragem ?

A malandragem, portanto, não é simplesmente uma singularidade inconseqüente de todos nós, brasileiros, ou uma revelação de cinismo e gosto pelo grosseiro e pelo desonesto. Na realidade, trata-se mesmo de um modo, jeito ou estilo profundamente original e brasileiro de se viver, e às vezes sobreviver, num sistema em que a casa nem sempre fala com a rua e as leis formais da vida pública nada têm a ver com as boas regras da moralidade costumeira que governam a nossa honra, o respeito e, principalmente, a lealdade que devemos aos amigos, aos parentes. Num mundo tão profundamente dividido, a ‘malandragem’ e o ‘jeitinho’ promovem uma esperança de tudo juntar numa totalidade harmoniosa e concreta. Essa é a sua importância, esse é o seu aceno. Aí está a sua razão de existir como valor social. A malandragem, antes de tudo, é um modo possível de ser. Algo muito sério, segundo DaMatta (1978/1990),contendo suas regras, espaços e paradoxos.

O Malandro Chico ...

A Ópera ...

Na verdade, Chico se dedicava a um projeto antigo. A ‘Ópera do Malandro’ resgatava um pouco do Rio antigo, do Rio de Noel Rosa, dos anos de ouro da Lapa, um Rio apaixonante que já tinha fisgado o autor havia muito tempo. A ópera se desenvolve localizando sua ação em fins do Estado Novo (mais um canal que nos remete de imediato ao binômio Getúlio-Noel). Faz uma clara analogia entre o banditismo e os grandes negócios (os verdadeiramente grandes), apagando as fronteiras que os separariam. É o fim paulatino de uma malandragem amadora, comum no Rio Janeiro, que vai dando lugar à malandragem em escala industrial.

Chico Buarque de Holanda

"A única unanimidade nacional" ...

O artista que fora considerado por Millôr Fernandes como “a única unanimidade nacional” tempos atrás, continua ostentando esta epígrafe mais do que nunca.
Afinal, ninguém há de questionar o legado artístico buarquiano, seja pela sua qualidade ímpar seja por sua trajetória que confunde com a própria história nacional. Falar deste consagrado poeta não é nada fácil, pois Chico Buarque é o que chamaríamos de uma figura poliédrica, sem rótulos.

Fênix – Revista de História e Estudos Culturais
Outubro/ Novembro/ Dezembro de 2004 Vol. I Ano I nº 1

Chico Buarque, por ele mesmo ...

Eu nem acho que eu faça música de protesto... mas existem músicas aqui que se referem imediatamente à realidade que eu estava vivendo, à realidade política do país.

BUARQUE, Chico. Rádio Eldorado, set. de 1989.

Chico Buarque é um homem de seu tempo e, portanto, seu discurso e sua obra estarão impregnados das marcas do momento histórico em que viveu. Chico não nasceu Chico, ele se fez Chico a partir dos elementos sociais que o cercavam.

Chico Buarque - Composições inesquecíveis!

As suas composições que são muitas, ficarão. Nunca serão esquecidas. O próprio tempo irá parar para ouví-las. A respeito dele, na página 5 do Caderno B do JORNAL DO BRASIL, de 12 de novembro de 1977, J. R. Tinhorão escreveu:

"Chico Buarque de Hollanda constitui inegavelmente o maior compositor saído da classe média, após o advento da bossa nova. [...] soube descartar-se da gratuidade da bossa nova, preferindo estabelecer sua fonte de criação com as fontes mais vivas e reconhecíveis da lírica e dos sons produzidos historicamente pelas camadas populares brasileiras.

É isso que explica o fato de, sendo um poeta até certo ponto sofisticado pela escolha das palavras e do jogo muitas vezes requintado das imagens, Chico Buarque ter conseguido uma média de aceitação que vai desde as camadas de bom nível cultural - em que ele mesmo se situa - até a gente humilde que nele reconhece o parente mais afastado e bem sucedido, mas de qualquer forma "da família".

Chico vive colhendo aplausos ...

Em um artigo publicado na revista VEJA de 2 de maio de 1973, o autor de um interessante estudo sobre o compositor diz que Chico já atingiu a dignidade estética de um artista adulto e a respeitabilidade moral de um corajoso. Vive colhendo aplausos de todas as platéias, que gostam de ouvir o que ele diz e elas não podem dizer. Em uma de suas composições, esta manifestação de estupenda coragem:

"Eu semeio o vento na cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade."

E em outra:

"Apesar de você,
Amanhã há de ser
Um outro dia."

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

2009 - Lapa, Amor e Malandragem

Feijão com arroz, goiabada com queijo, Lapa com… boemia. Impossível pensar uma coisa sem a outra. A noite bem vivida, o pecado rasgado, a malemolência do samba, a síntese perfeita da carioquice - está tudo ali, na Lapa, ao alcance até dos engravatados e das enfatuadas, que cruzam o bairro durante o dia, no azáfama do cotidiano.
Lapa da malandragem, criminalidade inocente se comparada com a guerra urbana vivida nos dias de hoje; dos becos e ladeiras, onde se guardam todas as preciosas histórias de um Rio boêmio e de bem com a vida e seus prazeres.
Lapa dos Arcos, pondo diante dos nossos olhos a densidade do passado ido e vivido porém presente; dos bares onde a saideira é eterna; dos conflitos envolvendo quem não leva desaforo pra casa.
Lapa de Miguelzinho, Meia-Noite, Edgar - malandros históricos; de Madame Satã, contraditória mistura de macheza valente com sensibilidade homossexual; da igreja de uma torre só, vítima inocente na briga de Floriano.
Ah, Lapa de todos os amores! Lapa da linda visão oferecida aos que passeiam suas saudades descendo no bondinho de Santa Tereza.
A Lapa é o coração do Rio, onde se encontram, sentimental e democraticamente, os que vêm da zona sul com os que vêm da zona norte.
Todos nós, cariocas, amamos a Lapa, somos a Lapa, com seus contrastes, lugar especial que o espírito do Rio sobrevoa, livre, leve, solto, bem-humorado, sentindo-se bem nessa zona livre de todas as censuras.
A Lapa, sedutora e matreira, se renova, convivendo numa boa com as novidades da cidade. Mas não tem jeito: no fim de cada madrugada, quando os albores da manhã dissolvem as trevas e trazem o imperioso chamado do trabalho, os mais sensíveis ainda podem ter uma visão do malandro entrando por um dos becos, com seu chapéu de lado, a mulata pendurada no braço e a eterna navalha no bolso.
Antes de sumir na bruma, o malandro parece nos acenar, demonstrando o orgulho de ser carioca... e de ser da Lapa.

créditos: Artigo do professor Joadnesen

2009 - LAPA


terça-feira, 15 de setembro de 2009

2008 - Morte e Vida Severina




Todo trabalho exige envolvimento, pesquisa ...




2008 - Morte e Vida Severina - Making off







2008 - Morte e Vida Severina - Making off




Morte e Vida Severina - Platéia




2008 - Morte e Vida Severina - Platéia







2008 - Morte e Vida Severina - Platéia




2008 - Morte e Vida Severina




2008 - Morte e Vida Severina


2008 - Morte e Vida Severina




2008 - Morte e Vida Severina


2008 - Morte e Vida Severina - Bastidores


2008 - Morte e Vida Severina




2008 - Morte e Vida Severina




2008 - Morte e Vida Severina




2008 - Morte e Vida Severina







2008 - Morte e Vida Severina











2008 - Morte e Vida Severina




2008 - Morte e Vida Severina


2008 - Morte e Vida Severina




2008 - Morte e Vida Severina




sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Rio do Malandro ...

DE MALANDROS E MANÉS

"É inegável o Rio do malandro. Menos visíveis, mas também inegáveis, são a vida e a força do outro Rio. É o Rio careta, dos que frequentam livrarias e salas de concerto, em vez de praias e baladas".

O Rio de Janeiro (onde nasci) evoca uma imagem clássica. É a pátria do malandro. É o reino da esperteza, do "golpe", da falta de seriedade proclamada como virtude redentora. É o campo de provas da lei de Gerson, prescrevendo que é preciso levar vantagem em tudo. Não são poucos os prejuízos trazidos pela cultura da malandragem. É alarmante o número de empresas cuja sede fugiu para São Paulo. No nosso cotidiano, é difícil não ter um calafrio ao deixar o carro para consertar em uma oficina carioca. Do lado mais ameno, é o território do bom humor, da piadinha maliciosa e da inexplicável alegria diante da desgraceira.
O malandro carioca é assunto canônico dos sambistas: "...Navalha no bolso / Eu passo gingando / Provoco e desafio / Eu tenho orgulho / Em ser tão vadio. / Sei que eles falam / Deste meu proceder / Eu vejo quem trabalha / Andar no miserê / Eu sou vadio / Porque tive inclinação" (W. Batista). Bezerra da Silva imortaliza o perfil: "Malandro é malandro e mané é mané".
Essa caracterização popular tem respaldo acadêmico e raízes históricas. Roberto da Matta intitula seu livro clássico de Carnavais, Malandros e Heróis. Segundo ele, na sua origem, "o malandro é o nobre pé-rapado, o sujeito que viu os aristocratas lendo e escrevendo, não teve educação para entender o eventual valor da escola e vive de expediente". José Murilo de Carvalho mostra a imagem do malandro carioca emergindo como reação à alienação engendrada por confrontos políticos no início do século XX. Fala de "irreverência, de deboche, de malícia". Se digitamos no Google "malandro" junto com "Rio de Janeiro", aparecem 200 000 referências.
Porém, há outro Rio de Janeiro, menos lembrado. Durante séculos, por ser a capital econômica e política do país, atraiu as melhores cabeças. Inicialmente, desembarcou a corte de Portugal, com seus mais destacados figurantes. Por muito que seja criticada, é preciso reconhecer, ela criou uma aristocracia intelectualizada, que se perpetua ao longo dos anos. Desde sempre, atraiu os mais inspirados intelectuais das províncias. Até há pouco, foi um magneto para escritores e cientistas, mesmo de São Paulo. A despeito de décadas de desgoverno, ainda tem as melhores escolas médias, um plantel de grandes intelectuais e notáveis centros de pesquisa e pós-graduação. A lei de Gerson passa longe.
Que cara tem esse outro Rio? Sugiro que tem a cara de dom Pedro II. Eis um carioca arquétipo dessa outra persona do Rio. Ao morrer, foi considerado a cabeça coroada mais culta de quantas havia na Europa. Dom Pedro é o outro Rio: sério, digno, disciplinado, erudito. Era o caretão rematado, a figura do antimalandro. Em vez de beija-mãos na corte, promovia saraus intelectuais e trocava cartas com Victor Hugo, Humboldt, Lamartine e Jean-Louis Agassiz, notável zoólogo e geólogo suíço.
É inegável o Rio do malandro. Menos visíveis, mas também inegáveis, são a vida e a força do outro Rio. É o Rio careta, dos que frequentam livrarias e salas de concerto, em vez de praias e baladas. Por anos de convivência, é um Rio incólume e vacinado contra o vírus da malandragem. O grande paradoxo é a incapacidade desse Rio intelectualmente tão sério e bem-dotado de frear o desgoverno que aos poucos foi se infiltrando. A malandragem pitoresca virou bandidagem, com a desmoralização resultante. Inapetência dos "puros" de chafurdar na política? Talvez. Os bons são muito poucos? Acho que não. Estão por todos os lados. Mas não chamam atenção, por serem menos pitorescos e divertidos. Aliás, dom Pedro II gostava mesmo era de um papo cabeça.
Mas, se o Rio tiver alguma arma secreta para reverter sua decadência, com certeza, será esse enorme e possante segmento, estilo dom Pedro II, que representa o oposto da malandragem e possui um respeitável vigor intelectual e moral. Vamos torcer para que decida salvar a sua cidade.
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos nem dos desonestos nem dos sem ética... (mas) o silêncio dos bons" (M. Luther King).
Artigo de Claudio de Moura Castro - Revista Veja, 2 de setembro de 2009.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Hino da Repressão

Se atiras mendigos
No imundo xadrez
Com teus inimigos
E amigos, talvez
A lei tem motivos
Pra te confinar
Nas grades do teu próprio lar
Se no teu distrito
Tem farta sessão
De afogamento, chicote
Garrote, punção
A lei tem caprichos
O que hoje é banal
m dia vai dar no jornal
E se definitivamente a sociedade
Só te tem desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo
És um estorvo, és um tumor
Que Deus te proteja
És preso comum
Na cela faltava esse um!

A música foi escrita para o filme 'Ópera do malandro' mas nunca foi usada.

A Magia do Teatro


Você já parou para observar o mundo que está a sua volta? Nas ficções ambulantes que sempre encontramos nos amigos que gostam de inventar uma boa estória; no vizinho que faz questão de lhe cortejar com a manchete mais fresca do bairro; ou no feirante que clama com a certeza de que o mundo inteiro está lhe ouvindo?
É com esse olhar curioso que vamos buscar a beleza das coisas simples da vida e desmanchar a idéia de que teatro é um “bicho de oito cabeças”. Pois teatro é arte e arte é simplesmente nossa vida. É isso mesmo, teatro são os melhores momentos da nossa vida transferidos para o “palco”. No dia-a-dia, vira e mexe nós estamos vivendo tragédias e comédias. Seria loucura dizer que teatro rima com imitação, se a célula do teatro não fosse a imitação do ser, do mel e da melancolia, da dor e da doçura, das comédias e tragédias do nosso dia-a-dia.
Considerando a mágica essência da arte, talvez o teatro seria o caminho de uma sociedade melhor, mais fraterna. Talvez seria imitando o ser que passaríamos a compreender o que está por trás do mel e da melancolia das pessoas. É através desse mergulho teatral –de imitações – que vamos casar com a esperança e nos divorciar do preconceito e da intolerância. Levantar a sensação de que a vida é uma grande metáfora, ou seja, UM GRANDE PALCO ILUMINADO.
por: Jones Cruz, 2007

Histórias ...

"(...) com a idade a gente dá para repetir certas histórias, não é por demência senil, é porque certas histórias não param de acontecer em nós até o fim da vida."
HOLLANDA, Chico Buarque. Leite Derramado, p. 212

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Chico Buarque de Hollanda - 1985

Nos Anos 40 malandro elegante e popular figura do boêmio bairro carioca da Lapa explora cantora de cabaré e vive de pequenos trambiques. Até que suerge Ludmila, a filha do dono do cabaré, que pretende tirar proveito da guerra fazendo contrabando.
Título Original: Ópera do Malandro
Gênero: Musical

Lançamento (Brasil): 1985
Direção: Ruy Guerra

Roteiro: Chico Buarque de Hollanda, Orlando Senna e Ruy Guerra
Música: Chico Buarque e Chiquinho de Morais
Coreógrafo: Regina Miranda


Curiosidades:
Recebeu o Título de Malandro nos EUA; Estreou na França em 2 de Julho de 1986 e no Canadá em 6 de Setembro de 1986 no Toronto Film Festival e foi inspirado no clássico de John Gray e no musical A Ópera dos Três Vinténs, de Berthold Brecht e Kurt Weill.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"Sonhar um sonho impossível... Lutar, onde é fácil ceder....Vencer , o inimigo invencível...Negar quando a regra é vender... Romper a incabível prisão... Voar, no limite improvável.... Tocar o inacessível chão! É minha lei, é minha questão. Guiar este mundo, cravar este chão".

"O amor jamais foi um sonho, o amor, eu bem sei, já provei, é um veneno medonho. É por isso que se há de entender que o amor não é ócio, e compreender que o amor não é um vício, o amor é sacrifício, o amor é sacerdócio".

Curiosidades ...

  • Chico é apaixonado por futebol e torce freneticamente para o Fluminense. Entretanto, seu ídolo no esporte vestia a camisa alvinegra do Santos: o número 9 Paulo César de Araújo, o Pagão. Até hoje, quando joga pelo seu time Politheama, Chico veste a camisa nove em homenagem ao jogador.

  • Quando jovem, Chico gostava de ler os clássicos da literatura francesa, alemã e russa e só se interessou pela literatura nacional quando um colega de escola o criticou por ler apenas livros estrangeiros.


  • Chico Buarque envolveu-se com um grupo ultraconservador da igreja chamado 'Ultramontanos'.


  • Chico foi casado com a atriz Marieta Severo com quem teve três filhas: Sílvia, Helena e Luiza. Em 1997, após trina anos de união e boatos de casos extraconjugais de Chico, o casal se separou.