As suas composições que são muitas, ficarão. Nunca serão esquecidas. O próprio tempo irá parar para ouví-las. A respeito dele, na página 5 do Caderno B do JORNAL DO BRASIL, de 12 de novembro de 1977, J. R. Tinhorão escreveu:
"Chico Buarque de Hollanda constitui inegavelmente o maior compositor saído da classe média, após o advento da bossa nova. [...] soube descartar-se da gratuidade da bossa nova, preferindo estabelecer sua fonte de criação com as fontes mais vivas e reconhecíveis da lírica e dos sons produzidos historicamente pelas camadas populares brasileiras.
É isso que explica o fato de, sendo um poeta até certo ponto sofisticado pela escolha das palavras e do jogo muitas vezes requintado das imagens, Chico Buarque ter conseguido uma média de aceitação que vai desde as camadas de bom nível cultural - em que ele mesmo se situa - até a gente humilde que nele reconhece o parente mais afastado e bem sucedido, mas de qualquer forma "da família".
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